sábado, 14 de fevereiro de 2009

REFLEXÃO - "Aceitação Incondicional"

Este texto foi retirado de um trabalho de uma aluna de faculdade.

"Recentemente terminei minha faculdade. O último trabalho que tive que apresentar foi o de Sociologia. O professor apresentou um projeto chamado sorriso. Foi solicitado à classe que saísse, sorrisse para três pessoas e documentasse suas reações.
Logo depois da aula, eu, meu marido e meu filho mais novo fomos à uma lanchonete. Estávamos na fila esperando nossa vez, quando repentinamente todos à minha volta começaram a se agitar e a se afastar, inclusive meu marido. Eu não me movi um centímetro... Me virei para ver porque tinham se afastado. Foi quando senti o terrível cheiro de corpo sujo e lá estavam dois pobres mendigos. Quando olhei para o que estava mais próximo, ele estava sorrindo. Seus bonitos olhos azuis estavam cheios da luz de Deus e procuravam por simples aceitação.
- Bom dia.- Ele disse timidamente enquanto contava as poucas moedas que tinha.
O segundo homem permanecia atrás de seu amigo, agitando os braços. Observei que o segundo homem tinha deficiência mental e o cavalheiro dos olhos azuis era o seu guardião.
A garçonete perguntou o que queriam.
- Apenas café, senhorita. - respondeu, porque era tudo que poderiam comprar com os recursos que tinham.
Se quisessem sentar no restaurante para se aquecer, tinham que comprar alguma coisa. E o que queriam mesmo era se aquecer.
Então, eu realmente senti uma compulsão tão grande que quase estendi a mão e abracei o homem dos olhos azuis. Foi quando notei que todos os olhos na lanchonete me observavam, julgando cada ação minha. Eu sorri e pedi que a garçonete acrescentasse duas refeições, um pequeno almoço, em bandejas separadas. Fui até onde os homens tinham se sentado e pus as bandejas sobre a mesa e coloquei minha mão sobre a fria mão do homem dos olhos azuis. Ele me olhou emocionado e agradeceu.
Inclinando-me um pouco, respondi:
- Não sou eu que faço isto por vocês. É Deus que está trabalhando aqui, através de mim, para dar- lhe esperança.
Me afastei para juntar-me a meu marido e meu filho. Quando me sentei, meu marido me sorriu e disse:
- É por isso que Deus me deu você, querida. Para me dar esperança.
Aquele dia me mostrou a pura luz do doce amor de Deus.
Retornei à faculdade, para a última aula, com esta história nas mãos. Eu a transformei em meu projeto e o professor o leu. Então olhou para mim e disse:
- Posso compartilhar isto?
Eu concordei e ele pediu a atenção da classe. Começou a ler e todos nós percebemos que, como seres humanos, temos a necessidade de curar as pessoas e de sermos curados. Ao meu jeito, eu tinha tocado as pessoas naquela lanchonete, meu marido, meus filhos, meu professor, em cada alma daquela sala onde tive a última aula como uma estudante de faculdade.
Eu me formei com uma das maiores e mais importantes lições que aprendi: Aceitação incondicional. Amar as pessoas e usar as coisas ao invés de amar as coisas e usar as pessoas."

Sejamos nós instrumentos nas mãos do Senhor para abençoarmos alguém.

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